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Representando a Biomedicina nas Forças Armadas

Profissionais biomédicos empreendem carreira militar e fortalecem a profissão em ambiente ainda pouco ocupado

Leani eBruno HFArmadas

Eles estão entre os representantes da Biomedicina no Hospital das Forças Armadas, em Brasília (DF), cumprindo uma rotina bastante movimentada e almejada por muitos profissionais. Leani Falcão Gomes, habilitada em Análises Clínicas e Microbiologia, e Bruno de Abreu Castro, especialista em Imunohematologia, Imunologia Leucoplaquetária, Hemoterapia e em Análises Clínicas entraram para o Exército Brasileiro ao participarem da Seleção para o Estágio de Serviço Técnico (EST) em 2016 e 2017, respectivamente.

O EST é destinado à seleção de especialistas para servir ao Exército Brasileiro como Oficial da Reserva de 2ª classe (R2). Após curso básico de formação, foram lotados na Divisão de Pesquisas, da Direção Técnica de Ensino e Pesquisa, no Hospital das Forças Armadas. O HFA possui em sua missão institucional atividades de ensino e pesquisa, portanto ocorrem capacitações ministradas por instituições parceiras, bem como oportunidades de realização de pós-graduação em todos os níveis.

"Além das rotinas administrativas destinadas a apoiar pesquisadores na condução de pesquisas diversas, desenvolvemos atividades laboratoriais de diagnóstico molecular para a Covid-19 pelo método de RT PCR, bem como pesquisas com arboviroses, fitoterápicos entre outras", enumera a biomédica Leani.

Recentemente, os 2º tenentes Leani e Bruno participaram diretamente do apoio diagnóstico para a liberação do contingente que seguiu em missão humanitária para o Líbano, composta por profissionais de diversas áreas. "Realizamos toda triagem laboratorial, assim como emitimos os resultados dos exames de RT-PCR para o SARS-CoV-2, essencial para que os militares pudessem embarcar", destaca Bruno.

Eles contam ainda que, no início da pandemia, receberam a missão de adequar o Laboratório de Pesquisas para o nível de Biossegurança II (NB II), com o objetivo de realizar o diagnóstico molecular da Covid-19. "Este foi um desafio enorme, tendo em vista que foi necessário definir fluxos de trabalho, incrementar e validar técnicas, missão essa cumprida", comemoram.

Leani e Bruno participaram ainda de toda a revitalização da Divisão de Pesquisa/DTEP iniciada em 2016. Durante esse período, construímos os Laboratórios de Cirurgia Experimental (LaCE) e o Laboratório de Pesquisa, bem como todo organograma estrutural.

"Como biomédicos contribuímos para a manutenção da qualidade diagnóstica, bem como introduzindo o olhar cientifico e tecnológico às rotinas e missões militares. Vale ressaltar que a formação em Biomedicina se caracteriza por sua multidisciplinaridade, permitindo as Forças Armadas a utilização de um profissional com vasta abrangência de atuação", afirma Leani.

Na opinião de Leani e Bruno, um meio de fortalecer a presença da Biomedicina nas Forças Armadas é disseminar, entre os profissionais, informações sobre as instituições Exército, Marinha e Aeronáutica. "É fundamental que nossa profissão continue a se destacar no cenário nacional, impactando a rotina de serviços com competência, qualidade e inovação. Como conseqüência, acreditamos ser possível sensibilizar autoridades para que nossa profissão possa cada vez mais compor os diversos quadros públicos nacionais", concluem. (Imprensa CRBM-3)